Wednesday, September 03, 2008

Rósea

“Isso pode acontecer com qualquer um”.
Qualquer um? Eu? Quando foi que decidi ser ordinária? Decidi?
...
Pedacinho por pedacinho vou colando no futuro meu passado.
Não, não é mais assim.
Ele tem outra agora.
É nela que ele goza, é ela que ele trai.
Hoje a pele não é lisa, não é pálida.
Os dedos sobem e descem ondulações, como se lessem braile.
Eu poderia ver histórias em cada uma dessas manchas.
Não mais apetece, não encanta.
Explodem, escorrem.
A liberdade incomoda, traz coceira.
O eu que sente, o eu que pensa, exposto, crescendo feito colônia.
Vermelho. Sujo. Imperfeito.
São minhas, minhas. Sou eu.
Acaricio-as, não precisam mais sair...
Ficam à mostra, exibidas, contando aquilo que eu sei de mim.

7 comments:

Isabelle Aguiar said...

São tuas, só tuas; e do Gilbert rs.

Natália Pinheiro: said...

Nossa, lindo demais. Só você para tranformar a rósea que coça em arte.
TE AMO!

ton and on said...

continua visceral como sempre, não tem como ler sem sentir, sem algo mecher por dentro. Sempre adorei.
Morro de saudade e quanto mais eu procuro, mais você some. Mais saudade eu sinto. essa é a parte que você deixou pra mim?

Senão me diz onde que eu te acho só pra conversar um pouquinho, já faz tanto tempo, já mudaram tantas coisas... imagino o quanto já não mudou com você também.

se der me escreve um oi, tonandon@gmail.com

Um beijo.

Unknown said...

Ainda ele...

Anonymous said...
This comment has been removed by the author.
Anonymous said...

de tirar o fôlego

Anonymous said...

de tirar o fôlego