Friday, June 23, 2006

Falando enquanto dorme

A capacidade de perda ganhou limite.
Se senti não lembro, apenas a verdade ilusória me fez registro.
Em que me prendo quando a diferença é turva e nas frases antes tudo que foi é hoje.
Na reprise de pensamentos alimento as inseguranças condenando o livre arbítrio.
Prioridade onde, não semelhante.
Sem tempo, mas há aos outros.
Quem ganhou o sim é várias, instabilidade uma vez desejo.
Rotina minha pelo dito alheio – aquela palavra.
Corrosão interna por lábios – naquela boca.
Inquieta vontade suplicante – daquele ser.
Dias de cama na praia, o desvendar da pele até então desconhecida, o colchão na sala, as garrafas de vidro pela casa, os cigarros, a gripe, os olhos, sorrisos, o barulho da chave na porta da frente e o piano do outro lado da parede.
Quando desinteressei a procura?
A vontade mútua?
O querer da palavra, naquela boca, daquele ser?