Monday, July 10, 2006

"venus as a boy"

Indiferença cresce em cada pedaço que retiras.
Cegueira não impede de contar as cicatrizes e o exaustivo salvar abandona tua causa tedienta.
Memórias não argumentam, não contam histórias, não lembram mais.
Nostalgia num passado almejante de futuro corta a carne, mas esquece de sangrar.
Necessidade em forma alterada expulsa tua pele do meu corpo.
Parasita rotineiro, pesquisa, procura.
No silêncio encontra angustia, na vontade cansaço.
Deixo ires ao somar dos segundos e usando fantasmas para afogar a dor.

Saturday, July 01, 2006

1,2,3,4,5,-,7

Desapareceu-me um dia e a frigidez romântica recordou futuros.
Sonhei meus medos, diminui inquietações, fiz-me entender.
Não há necessidade de esquecimento, meu gozo hoje busca boca não tua.
Deixarás novamente até que eu te entregue um adeus.
Pálidos dedos tateiam rostos de feição imprecisa.
O corpo cede, a mente não.
Desligado teu no meu eu egoísta, tua forma morna cansa minha dor.
Morremos jovens, em cantos distintos compartilhando o que jamais tivemos intenção de ser.
Raiva fria, desconexa perde força na tua estátua espectadora sem opção de jogo.
Seja tu, seja outro, seja eu.
Não quero mais, quero apenas diferente.