Saturday, March 28, 2009

Parte dois.

Embora a roseira insista nesse abril, o copo se abre feito um corpo.
É poço fundo, sem panos quentes,
É boca aberta, língua, é dente.
Vontade que se engole em desperdício, suor de quem não escorre, gozo que não se tem.
Acordou-se num domingo e a água que escorria a pia molhava o vestido.
Nem era dia, nem era noite.
Era qualquer coisa como um meio, um suplício, sacrifício por atenção;
Qualquer dito necessitado de nome, mostrando um rosto sem feição.
Deu duas voltas, mais outra, foi novamente ao início e se perdeu em razão.

1 comment:

Izabel Garcia said...

Nem acredito que só agora me dei o trabalho de te visitar por aqui...