Monday, March 13, 2006

.. diga-me que ficas

Flagro-me bebendo descontentamento.
Os dias que me fizeram renascer assassinaram em ti o meu encanto.
Provocamos o inevitável com pontos curvos,
Selamos promessas com lábios trêmulos.
Dê-me a ingenuidade dos que não tragam o abandono
E me masturbarei com a dor uma última vez.
Hoje teus olhos se afastam dos meus,
Tua mão macia deixa a minha escorregar.
Todo não da tua pele me descreve a morte
E todo dia cresce em mim a necessidade do teu ar.
Se tiveres que ir não te esqueças dentro de mim.
Limpe teu suor da minha veia,
Não recorde o primeiro “eu te amo”
E jamais me leve para onde não possas ir.

2 comments:

conte said...

lindo poema, tem vida; sentimental-carnal...

ricardo said...

droga de sentimento!

;*